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Mostrando postagens de 2020

Romanceiro da Inconfidência, de Cecília Meireles - Fuvest

A Inconfidência Mineira através da poesia de Cecília Meireles   A coletânea de poemas Romanceiro da Inconfidência, da escritora carioca, entra na lista de leitura obrigatória da Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest) Por Claudia Costa 14/05/2020   Para aqueles que acreditam que poesia é só ficção, aqui está um caso de pesquisa criteriosa sobre um fato histórico em forma poética: Romanceiro da Inconfidência, da escritora carioca Cecília Meireles (1901-1964), livro que neste ano entra para a lista das obras obrigatórias da Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest), organizadora do exame para ingresso na USP. Segundo a professora Norma Seltzer Goldstein, do Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, especialista em Cecília Meireles, “a poetisa, como gostava de ser chamada, dedicou dez anos da sua vida para consultar fontes históricas e recuperar todo o conjunto de acontecimentos que envolv

Angústia, de Graciliano Ramos - Fuvest

“Angústia”, de Graciliano Ramos, une introspecção e crítica social Obra faz amálgama entre tomada de consciência do País nos anos 30 e subjetivismo do escritor Por Claudia Costa Apesar de Vidas Secas (1938) ser considerada a obra emblemática do escritor alagoano Graciliano Ramos, o romance Angústia é uma de suas obras-primas, mesmo que ignorado pela crítica na época de sua publicação, em 1936. Lançado pela José Olympio Editora, com ilustrações de Santa Rosa, o livro está atualmente na 77ª edição pela Record. Segundo o professor Fabio Cesar Alves, do Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, Angústia é o terceiro romance do autor – os dois anteriores são Caetés (1933) e São Bernardo (1934) – e foi lançado quando Graciliano Ramos ainda se encontrava preso, sem processo nem acusação formal, pela polícia política de Getúlio Vargas. Essa obra de Graciliano Ramos é um dos três livros que neste ano passam a integ

O romance "Quincas Borba", de Machado de Assis - Fuvest

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  “Quincas Borba” expõe novas e velhas formas de exploração Ascensão social, ambição, adultério e exploração material e moral são os temas do romance de Machado de Assis Por Leila Kiyomura Rubião fitava a enseada – eram oito horas da manhã. Quem o visse, com os polegares metidos no cordão do chambre, à janela de uma grande casa de Botafogo, cuidaria que ele admirava aquele pedaço de água quieta; mas, em verdade, vos digo que pensava em outra cousa. Cotejava o passado com o presente. Que era, há um ano? Professor. Que é agora? Capitalista. O primeiro parágrafo do primeiro capítulo de Quincas Borba é um convite à leitura. Machado de Assis introduz nas primeiras linhas a história do professor de Barbacena que inesperadamente recebe a herança do amigo Quincas Borba, um filósofo cuja morte é descrita em Memórias Póstumas de Brás Cubas. A fortuna vem com a incumbência do herdeiro de cuidar do cachorro Quincas Borba, o mesmo nome do dono. O romance passa a integrar a lista de leitur