A moreninha - Cap. 8. Augusto Prosseguindo
8. Augusto Prosseguindo A avó de Filipe quis tomar, por sua vez, a palavra; porém, o estudante lhe fez ver que ainda muito faltava para o fim de suas histórias, e voltando de novo ao seu lugar, continuou: - O acontecimento que acabo de relatar, minha senhora, produziu vivíssima impressão no meu espírito; ajudado por minha memória de menino de treze anos, apenas entrei em casa escrevi, palavra por palavra, quanto me havia acontecido. Isto me tirou o trabalho de mentir, porque, adormecendo sobre o papel que acabava de escrever, meu pai o leu à sua vontade e soube o destino do camafeu, sem precisar que eu lho dissesse. Ele ainda estava junto de mim quando despertei, exclamando: - o meu breve!... o velho!... minha mulher!... - Anda, doidinho, disse-me meu pai com bondade; eu te perdoo tuas novas loucuras, em louvor da ação que praticaste, socorrendo um velho enfermo; agora, guarda, eu to peço, e mesmo to mando; guarda melhor esse breve do que guardaste o camafeu. E isto dizendo,